quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Conservado na cachaça



Há de se ouvir por aí que a um bom homem somente são necessários uma boa cachaça, um café bem torrado, uma mulher fogosa, uma turma de músicos e um campo de futebol. Tudo isso, além de simpatia e paz de espírito, mora em Conservatória, uma pequena aglomeração urbana que pertence a Valença, no Vale do Paraíba. Eis que lá habita um glorioso pendão, o Conservatória Futebol Clube, fundado em 28 de abril de 1938, cujas atividades plenas à prática das bolas aos pés continuam firmes, assim como as rodas de serestas e os tambores do Quilombo São José.

Viva o Conservatória!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

V de Vermelho


Se fosse no Brasil, com meu time e meu time tivesse sete libertadores e diria que não chegou a ser uma hectacombe, mas sim uma heptcombe (trocadilho que estava na ante-sala do lixo desde que o Boca permitiu a perda da virgindade corinthiana). Mas o que era pra ser um amistoso de pré temporada entre rivais históricos e vizinhos,  vai ficar marcado pra sempre como uma das maiores chinfras da história do esporte bretão.

A partida era entre Racing e Independente, rivais cujos estádios repousam sobre o bairro de origem de ambos: Avellaneda, uma espécie de São Cristovão, da capital argentina. Acontece, que mesmo sem PM, CBF e rede globo, o futebol lá também está permeados de sandices, inclusive, a proibição de torcidas visitantes em jogos da pré temporada. No caso, só os mandantes celestes podiam entrar, mas los rojos, heptacampeões da COPA, deram seu jeito.

Se não por presença física, os visitantes estiveram presentes, como Sergio Malando ensinou, na forma mais sublime da matéria: A PEGADINHA. Ninguém sabe ao certo, como a coisa se deu. Mas o fato é que alguns ambulantes resolveram vender sinalizadores. Até aí tubo bem, o problema é que a fumaça era da cor do rival. E a glória (ou  desgraça, depende da sua cor predileta) é que isso só foi descoberto dentro do estádio, com a branquinha já quicando.

Um cado de anos depois, Yuri Gagari finalmente tem uma resposta pra aquela afirmação babaca de que a terra é azul: la venganza es roja

entenda: http://www.ole.com.ar/futbol-primera/Humorada-roja_0_745725765.html

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Cartola virá que eu vi


Um jogo adiado e cheira de merda no ar. Vamos ao Brasileirão – na etimologia, um brasileiro grande,  com maiores repercussões sobre sua ética, moral, respeito ao consumidor e firmeza das instituições.

O líder do campeonato enfrenta uma das mais desastrosas diretorias já vistas no futebol. O Flamengo é burro. O Botafogo uma criança mimada. E o Galo um patinho.

Depois de reclamar sobre as condições do gramado do Estádio Olímpico, o Botafogo pediu trégua ao gramado. O Flamengo adorou, já que a estrela solitária não quer sujar o tamanco, que cancelem os jogos. Para tudo.

Surge uma nota no site do Flamengo agradecendo a CBF pela justa sapiência. Porém, meus caros, porque os cartolas rubro-negros agradeceriam a CBF, por que dizer ‘obrigado’? Não seria mais justa que essa nota saísse pelo Botafogo?

O Flamengo está sem luz. E usou da artimanha para, talvez, dar mais tempo ao combalido Dorival Jr, que depois de levar um vaza de um menino de 19 anos, fica pulando de galho em galho carregando a ainda brilhante passagem pelo Santos. Ouro de tolo.

O sistema está a favor. Flamengo e Atlético ficarão sem trabalhar no fim-de-semana. Voltam à cena no meio da segunda semana de agosto. E se enfrentarão em algum buraco na agenda, porém, se a cuca estiver boa, esse jogo jamais poderia acontecer em Engenho de Dentro.

A refeição está servida, sucrilhos à mesa a quem tem fome. Só não vale confundir grama com grana.