segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cemitérios de Elefantes


os incompreendidos


Há coisas que só acontecem ao Botafogo é um daqueles ditados com tanta credibilidade quanto as frases da Veja. Deve ter sido dito por um daqueles cronistas esportivos que nunca calejou a cutícula no cimento áspero do futebol de rua. Se tem uma coisa que sempre aconteceu ao botafogo, foi a incompreensão. A solução que o botafogo  - ou melhor sua diretoria – arrumou? Comprar jornal para os outros lerem.

Primeiro foi o Engenhão. Sabe aquele sujeito maldito pelas costas, que larga seu bem remunerado emprego no Rio ou em São Paulo e para viver numa tribo Daime no Acre? Assim, era visto o glorioso anos atrás. Um ser que foi, mas tava longe de ser – isso, claro, na visão dos outros. Pois bem, de repente o sujeito, vende até a alma pra comprar uma cobertura em Copacabana. Na verdade ganha-se, mas sabe-se que não se pode pagar nem a água da piscina, só que a sociedade  - essa esquizofrênica  - acha lindo.

Depois compra-se uma Mercedes (modelo de dez anos atrás é verdade) para fazer justiça  - no critério dos outros – ao seu novo imóvel. E é claro que eu to falando do Seedorf. Hoje, o botafogo tem dois elefantes - um branco e um preto - , um sorriso sínico, e uma grande aceitação. Aceitação mais recheada de incompreensão do que a piada da linha de cima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário