quarta-feira, 30 de maio de 2012

A bola é destino


o difícil sempre foi repetir a dose

"Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho." (Carlos Drummond de Andrade)

Há cinquenta anos o Brasil, atual campeão do mundo, começava a marcha contra a  sua própria síndrome de vira-lata. Começava a construir sua hegemonia e, com quatro copas de atraso, virar o país do futebol. Sem Pelé, sem Romário ou Ronaldo. Apenas com um Neymar cujo maior feito foi nos ensinar que é melhor morre afogado na cachaça do que virar um Ronaldinho ou um Kaká.

Se foi bom, ou se foi melhor? Não sei. A poesia era um troço que existia antigamente e não servia pra nada, muito embora, quase sempre, causasse encanto. O Brasil era, naquele ano, dez trovadores e um poeta. Alcoólatra? Ora, isso é redundância desde aquele poeta que bebia por quatro heterônimos.

4 comentários:

  1. esta compa em chile, foi historica para sudamérica. Carlos Dittborn, presidente do comitê de organização da copa disse tres anos antes: "Se não temos nada, por isso, vamos fazer e tudo" e pra, completar, um terremoto um anos depois, em 60, pirou bastante as coisa. No sei porque comecei a falar de isso, esta muito cedo e por culpa do calmante minhas ideas eston desconexas. Se me lembrar, concluo.

    Schiavonni

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  2. por favor, tirem as virgulas de completar. Como disse esses calmantes me deixam malo.

    Schiavonni

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  3. Mal, digo. E não malo.

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  4. Boleiro Baum é boleiro bêbado!

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