sexta-feira, 4 de maio de 2012

entre a trave e o goleiro


Por toda a extensão de um campo de futebol, existe um espaço inexpressivo por onde a esfera passa feito um tiro de canhão. Os 40 minutos do segundo tempo são um tempo outro, um tempo suspenso. O braço esticado do arqueiro é uma tentativa frustrada de impedir a justiça, uma força desavisada de não: daquele dito aos gritos, quando a mão do algoz esbofeteia qualquer ideal que se encaminha para um fim de realidade.

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