segunda-feira, 7 de maio de 2012

romário diria 'esse é peixe'



Neymar parece ser o primeiro craque brasileiro metido, precoce e mimado a realmente jogar bola. O bônus: vai defender o Santos até, no mínimo, 2014, ou seja, gozará da maturidade dos seus 22 anos e as honrarias de príncipe do Brasil, a sexto maior time de futebol do mundo (um time que vale a posição da sua economia, éramos mais felizes quando pobres). Nascido em Mogi das Cruzes, escreve na camisa o Júnior, por uma motivação honrada -- em respeito ao pai --, ou para provar que tal esquisitice não é total interferência da moda de ípsolons e dablios comuns aos nascidos em 90. Apesar de tudo, Neymar não é marrento, não é cai-cai, não é fogo de palha, e estão nesses quesitos os detalhes da revolução, tal que de resto, a fanfarronagem  telózesca de jogador de futebol o acompanha. Como seria bom se Neymar fosse argentino ou alemão. Para chegar a um Neymar, precisamos aturar o Ronaldo, exportado aos 18 anos e sem fôlego para jogar até o fim do que a natureza gentilmente o concedia, Ronaldinho Gaúcho, fadada às volumosas coxas por excesso de pagode, Adriano, um ídolo fora das quatro linhas, e Kaká, que padeceu por rezar demais: acreditar em milagres é diferente de realizá-los. Isto só seria mágico no mundo dos quadrados, e assim ficaram conhecidos. Todos eles, mal ou bem, seguem como filiais do Síndico da CBF; além de Robinho, um craque feito a pedra de Drummond, que só não fez mais gols que Neymar porque [que desperdício de preciosismo] não sabia finalizar [Leão que o diga]. Maior artilheiro depois da era Pelé, um desacato a Chulapa, Giovani e Viola, quatro finais consecutivas do Paulista, prestes a ser tricampeão, e com uma Libertadores debaixo do braço, candidatíssimo ao bi, não vejo a hora do Neymar ir embora. Está ficando sem graça.

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