Neymar parece ser o primeiro craque brasileiro metido,
precoce e mimado a realmente jogar bola. O bônus: vai defender o Santos até, no
mínimo, 2014, ou seja, gozará da maturidade dos seus 22 anos e as honrarias de príncipe do Brasil, a sexto maior time de futebol do mundo (um time que vale a posição da sua economia, éramos mais felizes quando pobres). Nascido em Mogi
das Cruzes, escreve na camisa o Júnior, por uma motivação honrada -- em
respeito ao pai --, ou para provar que tal esquisitice não é total
interferência da moda de ípsolons e dablios comuns aos nascidos em 90. Apesar
de tudo, Neymar não é marrento, não é cai-cai, não é fogo de palha, e estão
nesses quesitos os detalhes da revolução, tal que de resto, a
fanfarronagem telózesca de jogador de
futebol o acompanha. Como seria bom se Neymar fosse argentino ou alemão. Para chegar
a um Neymar, precisamos aturar o Ronaldo, exportado aos 18 anos e sem fôlego
para jogar até o fim do que a natureza gentilmente o concedia, Ronaldinho
Gaúcho, fadada às volumosas coxas por excesso de pagode, Adriano, um ídolo fora
das quatro linhas, e Kaká, que padeceu por rezar demais: acreditar em milagres
é diferente de realizá-los. Isto só seria mágico no mundo dos quadrados, e assim ficaram conhecidos. Todos eles, mal ou bem, seguem como filiais do
Síndico da CBF; além de Robinho, um craque feito a pedra de Drummond, que só
não fez mais gols que Neymar porque [que desperdício de preciosismo] não sabia
finalizar [Leão que o diga]. Maior artilheiro depois da era Pelé, um desacato a Chulapa, Giovani e Viola, quatro finais consecutivas do Paulista, prestes a
ser tricampeão, e com uma Libertadores debaixo do braço, candidatíssimo ao bi,
não vejo a hora do Neymar ir embora. Está ficando sem graça.
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